ALMINHAS DE PERA
- RECUPERAÇÂO COM NECESSIDADE DE SER RECUPERARADA -
Certamente que muitos se lembram das “Alminhas de Pera”.
Essas mesmas. As que estavam à entrada da localidade e bem junto à estrada.
As que, para muitos, eram consideradas as mais antigas do Concelho de Castanheira de Pera.
E certamente estariam correctos. Até porque o tipo de pedra usado e a ‘moldagem’ da mesma, juntamente com a existência da Capela Velha (a Ermida de S. Sebastião), encontra-se num conjunto em que tudo indicava que assim poderia ser.
No entanto, o que mais interessa neste momento; é que alguém pensou em reparar e recuperar as referidas Alminhas.
Pensou bem, sem dúvida.
Mas agiu mal.
Da forma como decorreu a “recuperação”, é por demais evidente a falta de sensibilidade cultural e histórica.
Senão vejamos:
- As “Alminhas”, como se pode ver na foto colocada em http://fotos.sapo.pt/feal, eram feitas com quatro pedras bem antigas, em granito, já porosas, ‘corroídas’ pelo tempo. A cor de um cinzento suave e as marcas deixadas pelos diversos fungos agarrados na pedra esculpida à mão, mostravam a sua antiguidade - que para leigos interessados nestes assuntos, era demais evidente.
O local onde estavam colocadas, na estrada quase já à entrada de Pera, do lado esquerdo; devido à sua configuração, adivinhava-se que estas “Alminhas” foram subindo em relação à estrada, acabando por ficar junto à superfície da mesma com as sucessivas obras que ali se foram efectuando.
Durante anos, fomos alertando para uma possível perda deste ‘monumento’ local. Sempre conversando com algumas pessoas residentes em Pera, na esperança de que aquela ‘peça’ não desaparecesse, nem a deixassem arranjar da forma como foi agora feito.
Mas de nada valeu os nossos alertas e as nossas preocupações. Para além da forma como foram ‘recuperadas’, três das quatro pedras existentes (duas laterais, a esquerda e a direita; e a base) desapareceram, sendo colocadas em seu lugar novas pedras.
Apenas a pedra que completava a estrutura, e onde se encontra a cruz esculpida, ficou no lugar… Já para não falar da nova estrutura feita em blocos e cimento à vista, quando temos tanta pedra na nossa serra.
E a cobertura? Certamente que poderia ser feita de uma forma simples, com a lousa da serra, com os relevos naturais da mesma e sem aquelas telhas a encimar todo este conjunto…
Depois das diversas ‘polémicas’ com a Velha Ermida de S. Sebastião, será que ninguém aprendeu coisa alguma com este tipo de restauros ou de recuperação?
Será que a identidade sócio-cultural-histórico-religiosa de uma comunidade, não será de preservar?
É certo que sempre é mais fácil percorrer caminhos de alcatrão que caminhos de cabras… mas são estes que nos dão o gozo e a satisfação de ao final do caminho… … …
Vamos esperar que não haja mais “Recuperações com necessidade de serem Recuperadas”! ..
Texto e Fotos:
Filipe Lopo
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