CANSAÇO – Desabafo de uma Mãe de Castanheira de Pera
Chegou até nós uma carta enviada por uma Mãe cansada de ver tanta injustiça no Ensino em Portugal.
Pela sua importância e pelo momento, que cremos ser oportuno; publicamos na integra o referido texto:
“Castanheira de Pera, 11 de Maio de 2007
Cansaço!!!
Às vezes pergunta-se, porque é que os alunos perdem o interesse pela escola, ou mesmo não querem ir à escola. Muitas vezes nem se sabe responder porquê.
O aluno até sabe o que lhe é ensinado, é esperto, inteligente mas também se diz que é preguiçoso, distraído, “até com uma mosca se distrai”. No recreio é reguila, brinca mas também discute com os amigos e às vezes sem querer até se magoam e às vezes por querer. Dizem “é insuportável”, “só provoca desacatos”, “é sempre o mesmo”, “não muda”. Só não pensam é “PORQUÊ?”. Chamam os pais ou encarregado de educação e dizem “o seu filho hoje portou-se muito mal, até agrediu uma funcionária!”. “Porquê?”, perguntam os pais. Umas vezes os professores até têm razão, mas outras nem por isso. Quando as crianças estão no recreio a brincar e um na brincadeira provoca um acidente, não é de propósito, então vem uma funcionária, agarra a criança à força, arrastando-a e lhe diz “vais para o castigo!”, a criança tenta desenvencilhar-se e depois é punido porque bateu na empregada. NÃO! A criança apenas tentou libertar-se das mãos da funcionária quando esta a agarrou. Bateu com a mão da funcionária na sua testa que lhe estava a prender o braço com força e tentou abrir-lhe a mão para esta o largar. Afinal a criança só estava a brincar com os colegas, foi um acidente, sem querer.
Mas como esta criança tem a “fama” de ser perturbadora nem “olham” se foi sem querer ou não, o que lhes interessa é que ele magoou o colega, e a ver delas, foi de propósito.
Ora, quando uma criança se sente reprimida de alguma forma não pode ter motivação para ir à escola, fica triste e às vezes fica ainda mais preguiçoso, não tem motivação para continuar a fazer o que quer que seja dentro da sala de aula. Ora aí está “é preguiçoso”, mas porquê? Não reflectem, ninguém reflecte.
É certo que quem passa mais tempo com as crianças em idade escolar são os professores e auxiliares das escolas, mas os pais em casa também sabem quando alguma coisa está errada com o seu filho. Ou não será com o seu filho mas com quem lida e não sabe lidar com ele?
Às vezes até falam em hiperactividade, será que sabem o que significa? Quem estudou, sabe. Quem já leu sobre isso, também sabe e sabe também que muitas vezes isso pode ser confundido com o ser reguila, e muitas vezes já foi confundido com o ser reguila, crianças muito vivas que amam a vida. Muitas vezes, sugerem-nos que procuremos um psicólogo, será que estes professores e auxiliares (muitas vezes auxiliares sem um curso especializado para estar numa escola), também não precisarão de um psicólogo para aprender a lidar com crianças mais difíceis, reguilas. Mas os professores ousam em confrontar os pais, “se calhar nem sabem o que é hiperactividade!”. Mas aqui não é isso que está em questão, a questão é “Porquê sempre o mesmo a «PAGAR»?”, com isto tudo, e se os pais fazem “queixa” ainda a criança está sujeita a ser “posta de parte”, o “não quero saber”, só esperamos, nós, pais que isso não aconteça, porque então é ainda mais grave. Mais grave quando em conversa com a criança e que até a estamos a chamar à atenção para se portar bem na escola, fazer os trabalhos direitinhos como a professora pede, e a criança nos diz que agora a professora o mudou de lugar e passa o dia a ver a rua pela janela, a professora quando confrontada, diz-nos que ele não fica quieto de maneira nenhuma, que já tentou de outras posições e não resulta, mas que assim também não resulta, mas como nós dissemos, aquela não será de maneira nenhuma a maneira mais correcta de inserir a criança no grupo da sala de aula e muito menos estar com atenção, “até tem a vista da rua para se distrair, não é verdade?”.
Ou seja, deduzimos, mas também podemos estar enganados e a ver coisas onde não existem, mas parece-nos que afinal já há discriminação, afinal em toda a turma é o único nesta posição. E depois a criança não há-de ser revoltada e querer chamar a atenção, pois com certeza!”
Filipe Lopo
Desculpem Lá a Franqueza
Mas quando as palhas caírem....
Num País onde hoje um ladrão não é criminoso, mas sim doente; onde um pedófilo é mais penalizado se abusar de uma criança de 5 anos e menos se o fizer a uma de 13; onde um assassino ou incendiário pode ser considerado um doente; onde mais rápidamente se julga alguém que roubou ‘apenas’ 5 euros, e mais demorado o que o fez, ou faz; a milhares… … …
Com estas e outras comparações, “tele-transportando-as” para a realidade local, moldando-as e verificando algumas pequenas anomalias que no dia a dia acontecem, tenho quase a certeza de que as palhas estão para cair a qualquer momento e, quando caírem, cairão sobre aqueles que nada teem a ver com situações criadas pelos que se fazem passar por Doutores ou Engenheiros.
Principalmente dos que se fazem passar por este género de técnicos no Inverno mas, no Verão, porque querem ganhar algum dinheirito a mais, deixam essas prepotências de parte e fazem de tudo para o conseguir. Quando no Inverno não se querem responsabilizar pelo serviço que, no Verão, quase os leva á exaustão, não só pelo trabalho, mas também pela maneira como observamos quando, tal qual verdadeiros ‘lambe-botas’, se atropelam uns aos outros, temos a certeza de que é nesta altura que as palhas começam a cair... e o restolho começa a espalhar-se.
Neste Verão, muitos de nós veremos, concerteza, as palhas a caírem e o restolho a espalhar-se por aí...
É por estas e por outras que não é de admirar que haja um Primeiro Ministro que diga – “Quero deixar-vos também uma palavra de confiança, … … e a certeza que cada um de vós dará o seu melhor para um país mais justo, para um país mais pobre”... ... ou um Ministro que afirme que “…a margem sul é um deserto”...
Pois é, amigos, quando a palha começar a cair, vai andar muito restolho a voar por aí...
- Desculpem lá a franqueza... Mas ás vezes é necessário.
Filipe Lopo
Hastear da Bandeira no 25 de Abril
As comemorações do 33º aniversário do 25 de Abril tiveram o seu inicio cerca das 09H30m com o Hastear da Bandeira Nacional, no mastro principal do edifício da Câmara Municipal de Castanheira de Pera, enquanto se escutava a musica de “A Portuguesa”, o Hino Nacional.
Presentes estiveram o Corpo dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, elementos da Guarda Nacional Republicana, que fizeram a ‘Guarda de Honra’ ao hastear da Bandeira, para além do Presidente e Vice Presidente da Câmara Municipal, Prof. Fernando Lopes e Drª Ana Paula, respectivamente; ainda com a presença de outras identidades, desde os Presidentes das Juntas de Freguesia de Castanheira de Pera e do Coentral, elementos da Vereação, para além de alguns elementos das respectivas Juntas de Freguesia e membros da Oposição e alguma população que, cada vez mais se vai afastando destes dias comemorativos, aparecendo, isso sim, em grande maioria na “Sardinhada Popular”, que se realizou pelas 17H00m.
Como dizia um pequeno grupo, em conversa após as cerimónias da Sessão Solene, em que estávamos inseridos:
“- Daqui a mais uns dez a quinze anos, só os velhos, nós que agora aqui estamos, por exemplo; é que continuaremos a assistir a este tipo de comemorações, embora já com os pés a arrastar e de bengala na mão”...
Filipe Lopo
Candidatos a Bombeiros de 3ª Classe promovidos
no dia 25 de Abril de 2007
Cerca das 10H00 da manhã do dia 25 de Abril, no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, procedeu-se á colocação de divisas aos novos Bombeiros de 3ª Classe.
Com o Salão Nobre repleto, Logo após as cerimónias do Hastear da Bandeira, frente à Câmara Municipal de Castanheira de Pera, perante a Direcção dos mesmos, Presidente da Câmara Municipal, Presidentes das Juntas de Freguesia do Coentral e Castanheira de Pera,
Estes Jovens Bombeiros, aspirantes; viram o seu trabalho de cerca de um ano, nas Instruções diversas que durante esse tempo tiveram; ser recompensado com a colocação das divisas de Bombeiro de 3ª Classe, pelas diversas individualidades presentes, incluindo o Comandante Distrital Moura.
A cerimónia, simples e humilde, mas com grande significado, contou com a presença de um excelente grupo de Bombeiros, onde não faltaram os Comandantes de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Pombal, bem como o Chefe da Secção da Guia, Pombal, o Castanheirense Jorge Correia.
Os novos Bombeiros de 3ª Classe, são:
- André Filipe dos Santos Carvalho
- Bruno Miguel Antunes Vital
- Carlos Manuel Antunes David
- Diogo Filipe Silva Rodrigues
- Hugo Miguel Silva David
- José João Tomás Anjos Alves
- Marco António Tomas David Silva Rei
- Ricardo Manuel Dias Pereira
- Rui Miguel Pereira Martins
A estes Jovens, deixamos uma palavra de apoio e incentivo, para além de lhes desejar as maiores felicidades no desempenho da sua opção de vida, bem como uma palavra de Agradecimento pela maneira como estão dispostos em defender e cuidar dos bens e das vidas de outros, de forma gratuita e voluntária.
Filipe Lopo
“Abril em Livros”
Pelas 11H00 do dia 25 de Abril, a Casa do Tempo, foi visitada por muitos dos que esperavam pela hora da Sessão Solene a realizar na Câmara Municipal.
No interior da Casa do Tempo, podiam ser admiradas duas exposições, diferentes no seu contexto, mas que chamavam a atenção de qualquer um dos visitantes:
- Abril em Livros
- Bonecas do Mundo
Exposições estas da responsabilidade da Biblioteca Municipal, captando a atenção do visitante quer pela beleza das Bonecas expostas, quer ainda pela diversidade dos Livros apresentados.
Filipe Lopo
“EM ABRIL, POR UMA VEZ”
“Em Abril ,por uma vez,
Um dia se fez verdade
E jorrou por quem a fez
A palavra Liberdade.
Foi num Abril já distante
Que do Cravo Nasceu Vida
Na espingarda florida
Do soldado militante.
Foi um Abril muito breve...
A brisa da madrugada
De tão solta, de tão leve
Ficou à porta da entrada.
Mas na alma cintilou
O fulgor desta saudade...
Foi um cuco que cantou
Justiça, Pão e Verdade?
(Amadeu Carvalho Homem)
Foi com a leitura deste Poema, pela Drª Fernanda, perante uma assembleia bem numerosa, que teve inicio a Sessão Solene no Salão Nobre da Câmara Municipal de Castanheira de Pera, iniciando assim as Comemorações do 33º Aniversário do 25 de Abril.
Poucos minutos passavam das 12H00, quando se iniciou esta Sessão Solene.
Após a leitura do Poema, teve a palavra a Presidente da Assembleia Municipal, Drª Conceição Soares, seguida do Presidente da Câmara, Prof. Fernando Lopes, perante uma assembleia atenta às palavras proferidas, sendo aplaudidas com sentimento.
No final desta sessão, muitos foram os presentes que, como vem sendo tradição, se dirigiram à Mesa e retiravam um, ou mais cravos vermelhos que adornavam o centro num sentimento místico e duradouro.
Em separado, publicamos na integra os discursos efectuados pela Srª Presidente da Assembleia Municipal e do Sr. Presidente da Câmara.
Filipe Lopo
Trinta e três anos depois, com tantas frases feitas, com tantos parágrafos repetidos deparei com as palavras de José Gomes Ferreira:
“Com os capitães à frente
O Povo um dia levantou-se.
Este povo – diziam – tão humilde, tão bom, tão doce e obediente…
(claro, graças à policia secreta, ao degredo e ao chicote da fome e às amarras do medo).”
E este levantar do povo foi como um momento mágico, com um grito, um sorriso, uma lágrima, uma flor…
Os riscos que nesse dia se correram, a coragem pessoal desses capitães e dessa gente anónima merecem o nosso respeito e a nossa gratidão, tal como também os merecem todos aqueles que antes ousaram falar, gritar, enfrentar, afrontar, sofrer e até morrer, para que um Portugal livre e democrático fosse uma realidade.
O 25 de Abril de 1974 trouxe profundas alterações nas condições de vida dos portugueses e na sua própria mentalidade. Isto é, no carácter dos portugueses, no seu relacionamento uns com os outros e no seu relacionamento com o País e o mundo.
A liberdade adquirida trouxe-nos inegáveis progressos, uma nova visão do Homem e do Mundo.
As conquistas são de tal modo importantes, de tal modo inegáveis que sentimos dificuldade em lhes encontrar a dimensão porque, para nós, já são como que assumidas instintivamente.
Foi uma revolução pela afirmação de vontades, de anseios, de sonhos, começada ao som da voz de Paulo de Carvalho, onde Portugal se fazia ouvir bem alto:
“Quis saber sou,
O que faço aqui,
Quem me abandonou,
De quem me esqueci!”
E hoje 33 anos depois, quem somos? Que fazemos aqui?
Como cumprimos os ideais de Abril?
Vivemos hoje uma democracia, esforçamo-nos por construir um país onde a igualdade e a justiça imperem. Mas cada vez mais sentimos que o País de oportunidades que tanto sonhámos está a cair em demasiados oportunismos.
Sentimos que o clima de confiança tão dificilmente conquistado, está a resvalar para um clima de suspeição, onde a frontalidade conseguida está a dar lugar ao boato, à intriga.
Cantou o poeta:
“A paz, o pão, habitação, saúde, educação!
Só há liberdade a sério quando houver, liberdade de
mudar e decidir…”
Hoje, vivemos numa encruzilhada de sentimentos, num turbilhão de valores e contra-valores, num país que parece estar um pouco à
deriva num oceano de mudanças bruscas e profundas. Necessárias? Talvez… Boas? Só o tempo o dirá…
Certo é que as dificuldades crescem e o desalento instalou-se.
O País vê-se a braços com problemas que julgava terem já ficado para trás, ou então, a sua resolução, não trazer a agonia e o desespero que se estão verificar.
Estão a aflorar, neste momento, 33 anos depois do 25 de Abril, desigualdades sociais em termos de distribuição dos rendimentos.
A nossa constituição diz que nós vivemos numa sociedade livre, justa e solidária e é esta que nós queremos promover.
Significa isto que o Estado e a comunidade devem garantir a todos os cidadãos, o mínimo exigível para que possam viver com dignidade, ao nível da saúde, ao nível da educação, ao nível do emprego e da protecção social.
Hoje, crescem em Portugal situações preocupantes de exclusão social, pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza.
Hoje, em Portugal, 33 anos depois da conquista da Democracia, apesar da estabilidade institucional, há um problema grave que é a crise de confiança no sistema democrático, nos políticos e na política.
É preciso lembrar que a democracia, apesar de consolidada não pode oferecer limites ao seu aperfeiçoamento nem impedir o combate às suas distorções.
Continuo a acreditar, serem os portugueses um povo capaz dos maiores sacrifícios pela sua pátria, já o provaram em tantos momentos da sua história…
Mas nos últimos tempos, José Mário Branco parece teimar em fazer-nos ouvir de novo…
“Pedes ajuda e mercês
mas só palha vã vais pondo
no nosso prato…
Com trinta por uma linha…
esburacaste a liberdade, e a alegria…”
É sem dúvida uma época de mudanças, mudanças profundas, doridas; sofridas de uma forma que nos tem de novo obrigado a vir para a rua gritar…
Unidos de novo pelo mesmo ideal, mostramos que Abril está vivo, mostramos que um país se constrói pela força da razão, de mãos dadas.
Hoje, mais do que nunca os valores de Abril são algo de que não abriremos mão.
Acredito que juntos saberemos construir o Portugal com que cada dia sonhamos.
Abril, não foi,
Abril é !!
Abril será !!
Quero a terminar deixar aqui a mensagem de Chico Buarque quando diz:
“Foi bonita a festa, pá,
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
Um velho cravo para mim.
…
Já murcharam em tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente,
Nalgum canto, de jardim…”
Filipe Lopo
DISCURSO DO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL
“Porque amanhã, depois da madrugada, o Sol vai voltar a nascer”!...
“25 de Abril 2007
São já passados 33 anos!...
Neste mesmo dia e a esta mesma hora, escreviam-se as primeiras linhas de uma das mais importantes páginas da história do Portugal contemporâneo.
Neste mesmo dia e a esta mesma hora, jorrava da fonte da utopia um leve fio de esperança, que com o passar do tempo foi engrossando até se tornar certeza. A certeza de um início de dia inteiro e limpo que contribuiu, decisivamente, para a construção de um país, assumindo-se como marco inapagável da nossa história secular.
E para quem viveu, intensamente, esses raros e exaltantes momentos torna-se irreprimível a vontade de revisitar esse passado, de retornar a essa madrugada por muitos esperada e a tudo quanto dela brotou!...
Regressar ao 25 de Abril de 1974 deixará, então, de ser apenas uma tentação mas deverá assumir-se, sobretudo, como uma obrigação.
Se, por um lado, esse regresso nos vai permitir recordar alguns dos momentos mais marcantes desse período superior da construção da democracia portuguesa, não devemos, por outro, deixar que o tempo apague da nossa memória o exemplo de todos aqueles militares que contribuíram para o acontecer da alvorada do nosso rejuvenescimento cívico e cultural, bem como de todos aqueles Homens e Mulheres que, ao longo de anos a fio, lutaram, corajosamente, pela Liberdade, assumindo as consequências de tamanha ousadia.
Prestemos-lhe, pois, a nossa, sempre merecida, homenagem!...
Não me parece descabido de todo que evoquemos aqui também, com gratidão, todos aqueles que, ao longo dos últimos 33 anos, se empenharam na defesa e consolidação da democracia, bem como no seu aprofundamento qualitativo.
Minhas senhoras e meus senhores:
Abril não deve ser visto, apenas, como um momento de comemoração. Deve, isso sim, dar-se um sentido útil à evocação desta data maior da nossa história, enquanto marco de liberdade que eleva o homem à sua inteira dignidade.
E a melhor forma de cumprir esse objectivo e dar a estas comemorações a importância que elas merecem e assumem para o nosso futuro colectivo, passa, necessariamente, por aproveitar este momento para promover uma reflexão séria sobre o cumprimento que, ano após ano, temos dado aos objectivos de Abril.
Não esqueçamos que Abril constitui, mais do que nunca, um desafio que a todos deve convocar: contribuir para a qualidade da nossa democracia.
Vivemos uma época de extraordinárias mudanças, uma época em que tudo muda a uma velocidade vertiginosa, uma época em que se torna urgente responder à permanente desactualização de quase tudo.
Assumamos com coragem que a evolução que a nossa sociedade tem sofrido, particularmente nos últimos anos, tem sido responsável pelo atropelo de alguns dos valores legitimados pelas conquistas de Abril.
A sociedade evoluiu no sentido de um certo individualismo e de algum desprezo pelo interesse colectivo. Instalou-se o comodismo e um certo facilitismo…
Urge, pois, reinventar o 25 de Abril…
Não basta evocá-lo, é necessário redescobrir esse movimento aglutinador, de ter a capacidade de usar de novo as armas que a Democracia colocou ao alcance dos cidadãos, de usar a Liberdade como energia mobilizadora. Colocar de novo a utopia na ordem do dia!...
Minhas senhoras e meus senhores:
Tenhamos consciência que Democracia e Liberdade são valores que nunca estão plenamente conseguidos, é necessário actualizá-los em cada dia que passa…
Trinta e três anos depois do 25 de Abril este é um desafio essencial, um desafio de maturidade, de exigência e de responsabilidade. Um exercício de prática diária.
A Democracia reforça-se quando os cidadãos participam, quando os governantes decidem, quando os autarcas realizam, quando o poder é exercido com convicção e sem arrogância, quando as convergências se procuram com vontade e com seriedade, quando as divergências são assumidas com respeito, elevação e sentido de responsabilidade.
A Liberdade defende-se quando temos a capacidade de respeitar os direitos dos outros, quando temos a capacidade de assumir as diferenças políticas ou de opinião como um salutar exercício de convivência e de pluralismo, quando temos a capacidade de continuar Abril.
Mas para podermos continuar Abril não poderemos dissociá-lo da ideia de Desenvolvimento, porque foi a Revolução que abriu as portas para esta caminhada.
Seria, deveras, injusto falar de Desenvolvimento sem falar de Poder Local Democrático, enquanto um dos maiores legados que o 25 de Abril nos deixou. São conceitos que se confundem…
Não podemos, pois, deixar de afirmar que viver Abril no nosso concelho significa homenagear todos os obreiros do progresso e construtores do desenvolvimento, um povo trabalhador, de fortes convicções e de raízes democráticas, é dar a voz e a vez aos homens, mulheres e jovens que, colectivamente têm construído este concelho e do qual se devem orgulhar.
Mas se esta data é apropriada para celebrarmos todas as conquistas de Abril que contribuíram para o nosso desenvolvimento, é também o momento certo para, com frontalidade, falarmos do muito que há ainda para fazer e, por força de uma conjuntura desfavorável, das dificuldades que se nos colocam.
Já atravessámos períodos bem difíceis ao longo da nossa história colectiva e perante todos eles soubemos olhar de frente e em frente e vencer. Soubemos sempre vencer as adversidades e não nos deixámos derrotar pelos obstáculos que temos pela frente.
Temos, pois, uma longa tradição a nosso favor…
Porque o futuro não pode esperar, é em torno dessa ideia que nos devemos unir, animar e mobilizar.
Porque só acreditando em nós e nas nossas capacidades nos conseguiremos afirmar, é com confiança e muito querer que aceitamos o desafio do futuro.
É com esta atitude de confiança que, colectivamente, queremos assumir o compromisso de construir um concelho melhor para o legar às gerações vindouras.
É com esta atitude de confiança que aceitamos continuar Abril assumindo uma tarefa quotidiana que exige o esforço conjunto de todos nós, tendo os jovens como agentes determinantes da mudança de mentalidades e do aperfeiçoamento do regime democrático.
É com esta atitude de confiança que festejamos Abril.
Minhas senhoras e meus senhores:
Festejar Abril é muito mais do que manter a memória. É, sobretudo, aprofundar todos os dias, os valores da liberdade, justiça, igualdade e solidariedade, assentando neles uma intervenção quotidiana para transformar a vida e construir um futuro melhor.
Podemos, convictamente, afirmar que Abril é uma data com passado, com presente e com futuro!...
É, seguramente , uma data com história!...
É e será sempre uma data onde a história terá, sempre, que andar de mãos dadas com o Futuro!...
Abril foi ontem, é hoje e sê-lo-á também amanhã!...
Porque amanhã, depois da madrugada, o Sol vai voltar a nascer!...
Viva o 25 de Abril!
Viva Portugal!”
(Fernando José Pires Lopes)
Filipe Lopo
“Ler e Reciclar... É Só Imaginar”
Filipe Lopo
III Encontro de Artistas Plásticos Na Serra
“12 de Maio & 11 de Junho”
Este III Encontro de Artistas Plásticos Na Serra, em Castanheira de Pera; numa iniciativa da Associação Castanheirense CAPERARTE, com o apoio da ARCA de Coimbra; teve inicio no passado dia 12 de Maio, pelas 10H00, com uma Tertúlia no Café Fórum, com o tema “Comunicar sob a forma de Arte”, seguindo-se, pelas 14H30; a abertura da Exposição colectiva dos Artistas, na Casa do Tempo.
Nomes como Francisco Matias, Vitor Bizarro, Vitor Nunes, António F. R. Carvalho, Marta Ferreira, Santana Alho, Maria Helena Toscano, Isabel Matias, Teresa Jordão, Cunha Rocha, Isamora, Natália Almeida, Fernanda Claro, Graça Bento, Vasco Berardo, Ivone Coelho, Pedro Vieira e Sousa, Lidia Belchior, Cabral Faria, Zè Penicheiro, Élia Sofia Ramalho, Josefina Miranda, António Costa Nhu Lien, Anunciação Matos, Valdemar Peixoto, João Matias, Ana Silva Gomes, João ViolaCeleste Soares e Fátima Diniz, foram algus dos Artistas a expor as suas obras.
O Escultor Filipe Curado, foi a presença já por nós conhecida, dando-nos sempre a conhecer excelentes obras esculturais, elaborando-as frente ao público que frente á Casa do Tempo se ia juntando para admirar as esculturas que iam surgindo, bem como as ali expostas.
No próximo dia 11 de Junho, segue-se a continuação da Tertúlia “Comunicar Sob a Forma de Arte”, no Café Fórum e respectivo debate, pelas 10H00
Pelas 14H30 será efectuada a Inauguração da Exposição colectiva dos Artistas presentes, a realizar também na Casa do Tempo.
Filipe Lopo
Da Página do Governo Civil do Distrito de Leiria, retirámos o texto transcrito abaixo, com as devidas autorizações, por nos parecer de grande importância para Castanheira de Pera.
O nosso Obrigado.
"Segurança Social e Acessibilidades preocupam autarquia de Castanheira de Pêra
|
Tomada de Posse Novo AJUNTO DE COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE CASTANHEIRA DE PERA
A 25 de Abril de 2007, no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, a alegria prolongou-se por mais uns momentos, quando, por “Competência Própria”, tomou posse como Adjunto do Comando dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, o até à data Chefe António Manuel Carvalho Marques, tendo sido nomeado para o cargo pela respectiva Direcção da Associação Humanitária, após consulta ao Comandante do Corpo Activo; em 19 de Setembro de 2006.
Esta nomeação, válida por cinco anos, podendo ser renovável; foi homologada pelo CODIS Comandante Distrital) de Leiria, com publicação na O.S. (Ordem de Serviço) Nº 01/2007.
António Marques, Tonito Marques como é conhecido em Castanheira de Pera; casado, com dois filhos; é um Homem com uma vasta carreira nos Voluntários de Castanheira de Pera, tendo um curriculum invejável, sendo bastante apreciado pelos Homens que tem tido a seu cargo durante estes anos.
Tendo ingressado no Corpo Activo como Aspirante do Quadro auxiliar em 19 de Abril de 1986, António Marques passa por todos os passos necessários, subindo por mérito próprio ás diversas categorias.
Nomeamos apenas três das mais importantes na sua carreira como Bombeiro Voluntários:
- Sub-Chefe do Quadro Activo em 03 de Setembro de 1996,
- Chefe do Quadro Activo em 10 de Novembro de 1996,
- e Ajunto de Comando do Quadro de Comando em 05 de Maio de 2007.
Em 1998, a 23 de Maio é-lhe atribuída a Medalha de Prata da Liga dos Bombeiros Portugueses, em 04 de Julho de 2005 recebe as Medalhas de Cobre e de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses respectivamente pelos 10, 5 e 15 anos de Bons e Efectivos Serviços prestados à causa que cedo se dedicou.
Quanto a Formações efectuadas no âmbito do Voluntariado, e como Bombeiro, o agora Adjunto de Comando António Manuel Carvalho Marques tem no seu vasto currículo uma experiência invejável.
As novas insígnias foram-lhe colocadas pelo Comandante Distrital Moura, que secundado pelo Presidente do Município procedeu à troca de Bivaques.
Após a cerimónia, simples e humilde, mas com grande significado, com o salão Nobre dos Voluntários de Castanheira de Pera, com cheio para assistir, juntamente com um excelente grupo de Bombeiros, onde não faltaram os Comandantes de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Pombal, bem como o Chefe da Secção da Guia, Pombal, o Castanheirense Jorge Correia; foi a vez dos elogios e palavras de apoio ao novo Adjunto de Comando. Salientamos as palavras proferidas pelos Srs. Comandante Bebiano Rosinha, dos Voluntários de Castanheira de Pera, do Presidente da Direcção, Carlos Tomás e do Comandante Distrital Moura.
Ao novo Adjunto de Comando, nós, conhecemo-lo como sendo um Homem calmo, humilde e de fácil trato.
Desta forma, ao António Manuel Carvalho Marques; desejamos as maiores felicidades no seu novo Posto.
Filipe Lopo
Devido a alterações de última hora e ás quais somos alheios, publicamos na integra o novo Programa do Maio D'INventos.
As Nossas Deculpas
======()()()()======
PROGRAMA:
1ª SEMANA
Dia 2 (4ª feira).
14.00 h – Início dos Torneios de Ténis de Verão (Ténis para Todos) – Praça da Notabilidade
18.00 h – Abertura da Exposição: “Espantalhos Reciclados” na Casa do Tempo– Biblioteca Municipal e Prazilândia
21.00 h – Edifício do Sport: Tertúlia com especialistas: “ Os Cogumelos no Campo e na Mesa” - FICAPE e Micoplanta
Dia 4 (6ª feira)
18.00 h - Abertura da Exposição Colectiva de Pintura - Praça da Notabilidade: Dueceira, Lousitânea e Prazilândia
21.00 h – Praça da Notabilidade: “Valorização dos Produtos Agro-Alimentares”. Apresentação do modelo das “Lojas do Xisto”, com sessão de provas – Pinus Verde e Lousitânea
Dia 5 e 6 (sábado e domingo)
(Território das Aldeias do Xisto – Lousitânea e Pinus Verde)
- Estágio da Selecção da Federação Portuguesa de Pesca à Pluma, que vai participar no Próximo Campeonato do Mundo – Ass. Pesc. Ribeira Pera
Dia 5 (sábado)
Rallye Paper – Na Senda do Património (Prazilândia)
(15.00 h – Praia das Rocas; 21.00 h – Coentral Grande – Prova Final)
REENCONTRO DOS NATURAIS: “Os Bons Filhos à Terra Tornam” – Casa do Concelho, Castanheirense
10.00 h – Recepção de Boas Vindas
11.00 h – Testemunhos do Lado de Cá e de Lá – Exemplos Que Fizeram História e Toda a História que se Segue
13.00 h – (Almoço livre) AMOSTRA DO NOVEMBRO GASTRONÓMICO
16.00 h - ARRAIAL À MODA ANTIGA – Coentral Grande - Rancho dos Neveiros do Coentral e CIRUC
20.00 h – NOCTURNA DE BTT: Catraia, Coentral, S.to António da Neve, Lousã – Montanha Clube
23.00 h – “NOITE DE ESTRELAS” – O Universo, de Telescópio, a partir do S.to António da Neve - Lousitânea
Dia 6 (domingo)
9.30 h – Pelos Percursos dos Castanheiros e da Ribeira das Quelhas- Lousitânea
2ª SEMANA
Dia 9 (4ª feira)
21.00 h - Apresentação do Blog – ESPAÇO: INTERIOR (José Porvinho)
Dias 11 e 12 (6ª feira e sábado)
JORNADAS: “REGRESSO ÀS ORIGENS” (Em Defesa do Interior)
Dia 11 (6ª feira)
10.00 h – Abertura das Jornadas
21.00 h – Debate com a presença de Deputados da Nação –
“Entre a fuga e o regresso saudoso ao Interior”
Dia 12 (sábado)
10.00 h – Continuação das Jornadas
15.00 h – Pera: Torneio de Malha - CRUP
Dia 12 e 13 (sábado e domingo)
III ENCONTRO DE ARTISTAS PLÁSTICOS - Caperarte
WORKSHOP DE DESENHO, PINTURA E ESCULTURA – Escola de Artes de Coimbra
Dia 13 (domingo manhã)
9.30 h – Ponte dos Esconhais: Acção de sensibilização e limpeza da Ribeira de Pera. Voluntaria-te - Lousitânea
16.00 h – Espectáculo com solistas do Ensino Superior de Música de Coimbra
21.00 h – Palestra: As Respostas Sociais – Direitos e Deveres das Famílias – Centro Paroquial
Dia 16 (4ª feira)
Tarde e noite - Sessão de esclarecimento: “Do Olival à Almotolia”
DRABL
Dias 18 e 19
Curso Científico de Plantas Aromáticas e Medicinais da Serra da Lousã - Natursitta
Dias 19 e 20 (sábado e domingo)
Campo de Tiro: Torneio de Tiro aos Pratos – Clube Caçadores
CONVÍVIO DA FAMÍLIA HENRIQUES
AMOSTRA DA SEMANA DO CABRITO
Dia 19 (sábado)
10.00 h - Safari Fotográfico pelo Percurso dos Sabugueiros – Centro Comunitário e Lousitânea
22.00 h – CORO DE PROFESSORES DE COIMBRA
Dia 20 (domingo)
10.00 h – Paintball Serrano – CRC Camelo
21.00 h – Apresentação da Agenda de MAIO-A-MAIO: Trunfos Locais ou Mais-Valias Regionais?
Dia 23 (4ª feira – Dia da Biodiversidade)
9.30 h – Escola EB 23: Ateliers de Educação Ambiental - Lousitânea
14.00 h – Debate: “Conservação da Natureza versus Produção Florestal
18.00 h – Palestra com o Dr. Jorge Paiva: História da Floresta Portuguesa
21.00 h – Continuação do Debate
Dias 25, 26 e 27 (6ª feira, sábado e domingo)
JORNADAS: “OFERTA TURÍSTICA” ENQUADRAMENTO LOCAL E PERSPECTIVAS FUTURAS
Dia 25 (6ª feira)
22.00 h – Zona Histórica: Noite de Fados - AMICAPER
Dias 26 e 27 (sábado e domingo)
1º FESTIVAL DE ANIMADORES DE RUA, com Desfiles às 16.00 horas.
(Concertinas, Zés Pereiras, Saltimbancos, Fanfarras, Dança, Teatro, Malabarismos...)
Passagem pelo concelho com pernoita e actividades lúdicas de interacção da Expedição Sul / Norte a Cavalo – Coudelaria Manuel Ribeiro e Clube Cavalos & Aventura
Dia 26 (sábado)
15.00 h – S.ra da Guia e Praia do Poço Corga: NA PEUGADA DOS JOGOS TRADICIONAIS DA REGIÃO – União Recreativa Sapateirense
17.00 h – Praia das Rocas: Exibição de Montain Board, na vertente de Big Air –Saltos e manobras aéreas com alguns dos melhores especialistas nacionais
21.00 h – Praça da Notabilidade: Apresentação do filme, rodado em parte no Coentral: “Deus Não Quis” de António Ferreira (Zed Filmes)
22.30 h – Espectáculo Musical: “SAXO ENSEMBLE” - Inatel
Dia 27 (domingo)
10.00 h – Percurso de Descoberta e Conhecimento: Habitat de Excelência dos Veados: Serra da Lousã - Lousitânea
21.00 h – Coentral: Apresentação do filme, rodado em parte no Coentral: “Deus Não Quis” de António Ferreira (Zed Filmes)
ÚLTIMA SEMANA
Dia 1 de Junho (6ª feira – Dia Mundial da Criança)
Abertura da Época Balnear
10.00 h – Jogos de Água – Praia das Rocas (com entrada gratuita)
- Brincadeiras na água - Praia do Poço Corga
11.00 h – Sessão de Hidroginástica – Praia das Rocas
Dia 2 (sábado)
FESTA DOS ANTIGOS ALUNOS DO EXTERNATO S. DOMINGOS
Dia 4 (2ª feira)
21.00 h – Tertúlia: “Balanço do 1º Maio D’INventos”
DURANTE TODO O MÊS OCORRERÃO DIVERSAS EXPOSIÇÕES E MAIS UM SEM-FIM DE EVENTOS A NÃO PERDER
Rádio Condestável
Os Meus Links
Municipio De Castanheira de Pera
FREGUESIA de S. Domingos De Castanheira de Pera
Página Oficial da Praia das Rocas
CENTRO RECREATIVO CONVIVIIO DOS PISÕES
CASTANHEIRA DE PERA E SUAS GENTES - Carlos Searas
PARÓQUIA DE S. DOMINGOS - Castanheira de Pera
Noticias de Castanheira de Pera Em Portugal-BRASIL
Municipio De Figueiró dos Vinhos
O Tempo em Castanheira de Pera
PARQUE BIOLÓGICO DA SERRA DA LOUSÃ
CRIAR AVES DA FAUNA EUROPEIA LEGALMENTE
Jorge Nunes - Fotografia - Coentral
Salaborda Nova - Noticias da Marlene